Lucro do Santander sobe 1,4% no 4º trimestre, para R$ 3,958 bilhões

O Santander Brasil (SANB11) obteve lucro líquido gerencial de R$ 3,958 bilhões no quarto trimestre, o que representa alta de 6,2% na comparação com o mesmo período do ano passado e avanço de 1,4% ante o trimestre imediatamente anterior. O resultado veio acima das projeções dos analistas que apontavam um ganho de R$ 3,378 bilhões.
O lucro societário do Santander ficou em R$ 3,859 bilhões entre outubro e dezembro, com elevação de 2,9% ante igual intervalo de 2019 e alta de 1,2% na margem.
O Santander teve lucro gerencial de R$ 13,849 bilhões em 2020, com queda de 4,8% sobre o ano anterior.
O terceiro maior banco privado do país em ativos contabilizou margem financeira bruta de R$ 12,396 bilhões no quarto trimestre, com queda de 0,3% na comparação trimestral e alta de 1,2% no ano.
As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 2,883 bilhões, com queda de 1,2% ante o trimestre anterior e de 3,4% em relação ao quarto trimestre de 2019.
As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 5,133 bilhões, com alta de 8,2% no trimestre e de 6,9% no ano. Já as despesas gerais totalizaram R$ 5,552 bilhões, com alta de 3,3% no trimestre e queda de 2,2% no ano.
O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 20,9% no quarto trimestre, de 21,2% no terceiro e 21,3% no quarto trimestre do ano passado. O índice de Basileia ficou em 15,3%, de 14,9% e 15,0%, na mesma base de comparação.
Provisões
O Santander informou que suas despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 2,883 bilhões no quarto trimestre, com queda de 3,4% na comparação com o mesmo período do ano passado e baixa de 1,2% ante o trimestre imediatamente anterior.
O resultado líquido de R$ 2,883 bilhões no trimestre é fruto de despesas de R$ 3,609 bilhões mais um ganho de R$ 727 milhões com recuperação de créditos que haviam sido baixados a prejuízo.
A PDD ficou em R$ 15,757 bilhões em 2020, com crescimento de 30,2% em relação ao ano anterior, sendo parte desse aumento explicado pela constituição de provisão extraordinária no segundo trimestre, no valor de R$ 3,2 bilhões. Desconsiderando esse efeito, o resultado de provisão teria crescido 3,8%.
O índice de cobertura do Santander caiu para 297% no quarto trimestre, de 307% no terceiro e 209% no quarto trimestre de 2019.
Margens
O Santander Brasil informou que sua margem financeira bruta foi de R$ 12,396 bilhões no quarto trimestre, com alta de 1,2% na comparação com o mesmo período do ano passado e queda de 0,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
A margem com clientes foi de R$ 10,645 bilhões, com alta de 1,1% na comparação trimestral. Dentro dessa linha, a margem com produtos subiu 0,7%, a R$ 10,283 bilhões, enquanto a margem com capital de giro próprio saltou 10,7%, a R$ 362 milhões. O volume médio ficou em R$ 416,366 bilhões, com alta trimestral de 4,9%, mas o spread caiu 0,4 ponto porcentual, para 9,8%.
Já a margem de operações com o mercado ficou em R$ 1,751 bilhão, com queda trimestral de 7,8%.
“As receitas oriundas das operações com clientes ficaram estáveis no ano, com maior resultado da margem de produtos, atribuído aos maiores volumes mesmo com o impacto da pressão nos spreads e do efeito mix, que foi compensado pela queda no resultado de capital de giro próprio, devido a redução da taxa básica de juros e aos menores volumes”, diz o Santander.
Por Valor investe